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Frutas e legumes são opção de petisco para os pets

Especialista em nutrição de cães e gatos, Luciana Domingues, explica quais alimentos naturais podem ser oferecidos e a importância de se atentar à quantidade.

Frutas e legumes são alimentos comuns no dia a dia dos seres humanos, mas eles também podem ser oferecidos aos pets. Como petisco são uma ótima alternativa no lugar de biscoitos e palitinhos comestíveis, por exemplo. Isso porque são ricos em água e fibras.

Segundo a médica veterinária Luciana Domingues de Oliveira, especialista em nutrição de cães e gatos que atua em Sorocaba (SP), há poucas restrições em relação ao consumo dos petiscos naturais, mas é importante entender o papel dele na alimentação do pet.

A especialista explica que os petiscos podem ser oferecidos pelos tutores como “agrado”, porém não devem representar mais de 10% da necessidade de ingestão de calorias diária do animal, independente de ser um alimento industrializado ou natural. Esse cálculo das calorias é feito em consultório e leva em consideração diversos aspectos, como peso do animal, raça, atividade física, castração, entre outros.

Ainda segundo ela, os petiscos naturais podem ser oferecidos tanto para os cães, quanto para os gatos. No entanto, os cachorros costumam aceitar com mais facilidade esses alimentos. Alguns exemplos de frutas e vegetais populares que podem ser oferecidos são: melão, melancia, mamão, maçã, manga, pera, banana, laranja, mexerica, abacaxi, abacate, caqui, pepino, abobrinha, abóbora cabotiá, cenoura, chuchu, berinjela, brócolis, couve-flor, ervilha torta, vagem, etc.

A médica veterinária explica que existem mitos sobre alguns alimentos, como é o caso do abacate. De acordo com ela, a fruta não é tóxica para os animais, mas devem ser removidos a casca, as folhas e o caroço. As frutas cítricas, como a laranja e o abacaxi, também não causam mal-estar e estão liberadas. Já a uva e a uva passa são alimentos proibidos para cães e gatos.

Como oferecer os petiscos naturais?

Para oferecer os petiscos naturais aos pets, Luciana dá algumas dicas:

  • As frutas podem ser cortadas em cubinhos, da mesma maneira que seria consumida por um ser humano. Por exemplo, a casca do melão deve ser retirada, mas a da maçã pode ser oferecida.
  • Já a maioria dos legumes deve ser levemente cozida, em água ou a vapor, até alcançar o ponto al dente. O sal pode ser dispensado no preparo.
  • Uma dica é colocar um pedacinho de carne ou de fígado na água do cozimento para dar mais sabor aos petiscos. Depois de prontos, corte os vegetais em palitinhos e ofereça-os ao pet.
  • A cenoura e o pepino podem ser consumidos crus.

Alimentação natural

Oferecer frutas e legumes como petiscos para o pet não tem contraindicação, no entanto deve haver o cuidado com o tamanho das porções para não desbalancear a dieta. “O tutor não vai perceber um efeito colateral visível quando dá mais petiscos do que os 10% recomendados. Mas com o desbalanceamento, o animal não vai receber o que precisa de vitaminas e minerais. São cerca de 40 nutrientes que devem estar na dieta de cães e gatos em quantidades suficientes”, explica Luciana.

Nicoli Almodovar, tutora de uma labradora de 6 anos, de Salto de Pirapora (SP), tem essa preocupação com a quantidade de petiscos que oferece, já que seu pet está de regime. “A Bella come ração e alimentos naturais. Ela estava obesa e precisava emagrecer urgente. Agora está mais ativa, feliz e brinca mais com os outros animais. Ela gosta de tudo o que der para ela, mas o que ela ama é abacate, porém não podemos dar muito por que é muito calórico”, conta.

No caso de uma transição para uma alimentação natural, é indispensável o auxílio de um nutrólogo animal, pois não se trata de dar aos pets restos da comida caseira. Os vegetais deixarão de ser petiscos e precisarão suprir toda a necessidade de nutrientes do animal.

De acordo com Luciana, a deficiência nutricional pode trazer implicações ao longo do tempo, como aumento excessivo do peso, queda de pelos, digestão lenta, problemas ósseos, alterações nas fezes, entre outros, dependendo do nutriente em falta.

Ainda segundo a especialista, a alimentação natural é mais palatável e facilmente digerida pelos animais, além de possuir grande variedade de sabores, cheiros e texturas. Ela também ajuda no tratamento de doenças quando balanceada corretamente.

“Hoje existe um movimento muito forte a favor da alimentação natural, mas a maioria das pessoas acaba montando a dieta do pet por conta própria ou se baseando em receitas na internet. É essencial que a dieta seja formulada por um nutrólogo, que vai avaliar o caso de forma individual”, alerta.

Fonte: G1 notícias do Mundo Pet.

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